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1.
Rio de Janeiro; s.n; 2009. xi,62 p. ilus, graf.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-556576

RESUMO

No fígado, a atividade microbicida dos macrófagos infectados por Leishmania (Leishmania) infantum, com a finalidade de eliminar os parasitos intracelulares, causa uma citotoxicidade extracelular nos hepatócitos. Esta citotoxicidade gera importantes alterações morfológicas e funcionais nas células parenquimais hepáticas. A produção destes mediadores ocorre por duas vias principais, gerando uma grande quantidade de mediadores no meio extracelular. A via independente de oxigênio é caracterizada pela secreção de peptidases. As três classes de peptidases apresentam suas atividades proteolíticas aumentadas no momento de maior atividade microbicida pelos macrófagos, indicando a contribuição destas peptidases ao fenômeno, particularmente as metalopeptidases. A forma ativa da metalopeptidase 9 (85kDa) foi detectada no momento de maior atividade pelos macrófagos, mostrando que ela pode contribuir para os desarranjos na matriz extracelular importante para a homeostase das células em cultura. Nenhuma atividade proteolítica das amastigotas foi relacionada com o fenômeno. Amastigotas axênicas foram obtidas a partir de uma metodologia que permite a purificação de 100% de formas puras em um curto período em cultura (4 dias). Estas amastigotas apresentaram características morfológicas e bioquímicas idênticas quando comparadas com as amastigotas intracelulares obtidas de animais experimentais. Elas apresentaram o mesmo perfil de infecção nos macrófagos, o que mimetiza as condições de infecção in vivo. A via dependente de oxigênio se caracteriza pela liberação de espécies reativas de nitrogênio (RNS) e oxigênio (ROS). Células de Kupffer murinas foram estabelecidas neste trabalho e constatamos que estas produziram quantidades menores de RNS em comparação aos macrófagos peritoneais durante a infecção por amastigotas de Leishmania infantum. Isso deve estar correlacionado com o perfil de citocinas gerado nos macrófagos residentes do fígado infectados, com grandes quantidades de IL-10 e níveis significativamente mais baixos de TNF-alfa em comparação aos macrófagos peritoneais. A infecção por amastigotas de Leishmania infantum não estimulou a produção de ROS nas co-culturas formadas de Kupffer/hepatócitos e consequentemente, as transaminases hepáticas não se apresentaram aumentadas, indicando que danos extracelulares não ocorreram. Portanto, os danos nos hepatócitos só surgiram na presença de ROS e RNS secretados pelos macrófagos infectados, pois levam a formação de peroxinitrito. O tratamento com ácido úrico, varredor de peroxinitrito, mostrou que esta molécula é a grande responsável pela citotoxicidade extracelular encontrada nos hepatócitos. Sendo assim, os macrófagos exsudativos que chegam ao fígado apresentam suas vias microbicidas funcionantes, sendo os responsáveis pela eliminação dos parasitos mas também responsáveis pelos danos hepáticos, enquanto as células de Kupffer devem estar mais relacionadas com a apresentação antigênica e modulação da resposta imune adaptativa.


Assuntos
Células de Kupffer , Leishmania infantum , Leishmaniose Visceral , Macrófagos
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